Por Dema*
Quando nasci o Brasil passava por momentos turbulentos que culminaram com uma ditadura militar de trinta anos, uma ditadura que rompeu com o processo democrático, que prendeu, roubou – e muito -, matou, torturou, sequestrou, violentou, e quebrou o País ao meio. Ditaduras são cruéis, não são cruéis apenas com os seus inimigos, são cruéis com todos, em todos os lugares onde elas são implantadas. Sempre se mantém pela força extrema.
O Brasil contemporâneo deveria ter aprendido a lição mas nos parece que não aprendeu e, mesmo vivendo no século XXI, com ferramentas poderosas que nos colocam em contato com o mundo em questões de segundo, alguns setores insistem em andar para trás como se fossemos carangueijo.
Temos assistido de forma continuada a pronunciamentos do presidente inflamando a sua base para a construção de um golpe militar, seguido do fechamento do Congresso e do STF e o faz com grande naturalidade. Neste bolo recheado com pó de mico, ácido arsênico e gasolina uma quantidade significativa de funcionário públicos oriundos das forças de segurança ficam alvoroçados para que este projeto assassino e entreguista se consolide.
A tão sonhada intervenção militar dessa gente é para retornar às sua atividades, principalmente aquelas ilícitas que al final da intervenção de 1964 culminou com a organização do Comando Vermelho, que ao se dividir gerou o TCP, o Comando da Capital, a ADA e, as milícias que hoje aliadas ao o tráfico aterrorizam a Nação. Não, não é ideológico.
Vivemos este momento porque o Brasil, mesmo com o restabelecimento do direito ao voto para eleger seus governantes, não se descolou da costela de Adão e continuou tutelado pelas forças de segurança pública do Estado.
Esta tutela deve ser rompida definitivamente, não podemos continuar sendo intimidados e muito menos pedindo autorização a funcionários públicos que, por várias vezes, foram os principais articuladores de golpes que causaram danos gigantescos à Nação e à nossa história.
Dia 7 de setembro devemos ir às ruas mas, não só para gritar Fora Bolsonaro! Devemos ir às ruas para dizer Basta! Não queremos mais este pesadelo que vocês nos querem impor de maneira acintosa, com violência física e verbal, chega, basta!
*Dema é Secretário de Organização do PT Carioca.