
Por Paulinho Sacramento.*
Cultura gera emprego, cultura gera transformação, memória, história, viva a educação! Cultura gera saúde – seja física ou mental – e pode ser ao vivo ou no ambiente digital. Parafraseando meu querido amigo, cantor e compositor Gabriel Moura, inicio minha coluna semanal apontando a importância da cultura brasileira e a responsabilidade do setor para que a sociedade siga minimamente saudável mentalmente.
Em julho de 2012, durante o governo do Partido dos Trabalhadores, o Rio de Janeiro foi a primeira área urbana no mundo a receber o título de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural Urbana, concedido pela UNESCO, hoje, como é de conhecimento de todos a atual situação de penúria econômica a qual se encontra o Rio de Janeiro é assustadora e a cultura é o campo com maior visibilidade para a retomada da economia da cidade.
Unificar visões e pensar em meios de desenvolvimento social igualitário é um grande desafio.
Efetivar políticas públicas que garantam a continuidade da conservação deste patrimônio cultural mundial, juntamente com o direito à prática da cultura como instrumento de representação e manutenção da diversidade do povo carioca, são ações importantes para a garantia da manutenção de nosso patrimônio material e imaterial.
O desmonte do setor cultural vem se ampliando rapidamente desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e avança a passos largos, dado por um grupo de racistas-homofóbicos-fascistas-incompetentes baba-ovo de um presidente genocida. Um grupo que segue em busca de seu objetivo, que é a total falência do campo cultural, setor da economia responsável por 4% do PIB do país.
Dimensiona-se assim a imensa importância da cultura de base comunitária, da manifestação por diferentes linguagens e expressões artísticas e culturais que juntas têm por objetivo estimular o protagonismo social na elaboração e na gestão das políticas públicas da cultura.
Além de potencializar iniciativas culturais já existentes; ampliar a presença e o intercâmbio da cultura carioca no mundo contemporâneo; estimular o pensamento crítico e reflexivo em torno dos valores simbólicos; garantir parcerias com governos estaduais, federais, e com outras instituições da sociedade civil, para que juntos possamos articular, capacitar e fomentar os coletivos culturais e artistas independentes a se desenvolverem e articularem atividades culturais que promovam a inclusão social, o respeito e reconhecimento da diversidade cultural dentro das regiões que compõem as comunidades da sociedade carioca.
Temos muito trabalho pela frente e com toda a certeza, não iremos recuar. Viva a Cultura Brasileira!
– Saravá!
*Paulinho Sacramento é cineasta, artista residente do MAM e coordenador do Núcleo Saravá Cultural, Lapa, Rio de Janeiro. (Foto: “Surdo em silêncio”, de Paulinho Sacramento)
Estamos sobre ataque costantante dos negacionitas e não podemos esmorecer por isso mesmo acometido de uma síndrome de ansiedade provocado por todos os males da desumanidade desse governo. Vamos juntos na mesma trincheira de luta irmão.
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