Redação RS: Amanhã, terça-feira, 21 de setembro, Jair Bolsonaro discursará na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O que esperar? Nos corredores da sede da ONU, em Nova York, não se fala em outra coisa. O presidente brasileiro é motivo de deboche e duras críticas. A imagem do Brasil está mais que arranhada. Comenta-se que em seu discurso fará a defesa para se manter o atual Marco Temporal, criado em 1988, e não a nova proposta que amplia os direitos dos povos originários.
Em sua tradicional live, esta da última quinta-feira, Bolsonaro afirmou que vai defender a atual demarcação de terras indígenas, questão que ainda está para ser julgada no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, como estamos diante de algúem que não podemos confiar, tudo é possível, até mesmo bancar o bom moço, amenizar seu discurso diante dos líderes mundiais.
Agricultura familiar
O Marco Temporal também afeta a agricultura familiar. A base da alimentação brasileira vem da agricultura familiar, que produz quase metade do milho, frango e leite no Brasil. Não das terras indígenas que Bolsonaro quer direcionar para o agronegócio e o garimpo, por exemplo.
O Brasil já está em insegurança alimentar e o marco temporal não tem relação alguma com essa realidade que assola os brasileiros. A falta de gestão governamental diante da pandemia da Covid-19, sim, contribui diretamente para a fome.
Segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil, em dezembro passado, 116,8 milhões de brasileiros estavam nessa situação, sendo que, desses, 19,1 milhões estavam em insegurança alimentar grave, ou seja, com fome.
Aguardemos o que Bolsonaro falará na ONU, tomara que não envergonhe o Brasil ainda mais.
Redação RS com Site PT.
Resistência Socialista RJ - PT 