Por Pedro Lucas Fernandes:
Enfim chegamos a 2022. Um ano esperado por muitos brasileiros por diversos motivos, mas principalmente pelo fim de uns piores governos (se não o pior) que o Brasil ja viveu nos ultimos anos. O governo golpista e fascista de Jair Bolsonaro se aproxima do seu término, disso podemos ter certeza, mas será que é o fim do que chamamos de “bolsonarismo”? É valido acharmos que apenas a eleição mudará os rumos do país?
Primeiro de tudo, é preciso ter pés no chão. A história nos mostra que uma eleição jamais é o fim da luta, e sim um meio para trava-la. Sabemos também que o Brasil hoje se encontra em um campo de morte e destruição. As camadas mais pobres do povo lutam para conseguir se alimentar, enquanto o restante da classe trabalhadora enfrenta um terreno cheio de incertezas e retiradas de direitos. A precarização avança, e não podemos de deixar de falar na nossa juventude, que precisa sobreviver sem estudo e sem trabalho.
Isso tudo é causa direta do bolsonarismo imbutido na sociedade. Temos conhecimento que essa ideologia entreguista e anti-pátria é muita mais antiga que o atual presidente. Vinda de uma classe vagabunda e acomodada, filhotes da escravidão, do coronealismo e da ditadura civil-empresarial-militar, o bolsonarismo é o retrato de um Brasil que ja deveria ter ficado para atrás a muito tempo, mas não está.
A burguesia e as alites brasileiras não aceitam a construção de um novo país, baseado no verdadeiro progresso, na democracia e nas pautas defendidas internacionalmente pelo campo popular e trabalhador. Pelo contrário, preferem entregar nossas riquezas ao capital estrangeiro, rasgar nossa soberania e humilhar o nosso povo ao máximo. Então não, vencer Bolsonaro não significa o fim do bolsonarismo. É preciso ir muito mais fundo para isso.
Trabalho de base! O ponto mais importante para transformar uma nação. O povo precisa estar alinhado aos ideias defendidos por nós, e melhor, precisa fazer suas próprias lutas. A unica luta que a gente perde é a luta que a gente não faz! Devemos criar comitês populares por toda parte, organizando enormes movimentos e mobilizando a massa brasileira. Sem povo organizado, não há vitória social.
Consequentemente, é preciso garantir a vitória da esquerda nessa eleição. Eleger Lula é essecial, mas se não garantirmos governabilidade, não conseguiremos fazer as reformas necessárias para colocar as coisas no eixo. O campo democrático e popular deve triunfar, e após a eleição, é preciso garantir mandatos populares para que o povo seja o principal protagonista da reconstrução do Brasil.
E por ultimo, virar a mesa do poder! O bordão usado em 2021 pela Juventude da Resistência Socialista no 5° Congresso da JPT não se limita apenas a uma frase de efeito momentânea. Significa uma necessidade histórica apresentada pela ânsia da juventude e do povo brasileiro de todo país na busca por uma sociedade em que cabem nossas vidas e nossos sonhos. Uma sociedade livre da superestrutura capitalista, a fim da construção de um
novo mundo. O poder precisa emanar do povo para o povo! E nós precisamos ocupar todos os espaços possíveis, para consolidarmos a nossa vitória.
Repito: sem povo organizado, não há vitória social. É nosso dever enquanto militantes do Partido dos Trabalhadores, o maior instrumento de transformação do povo brasileiro, e integrantes da tendência Resistência Socialista lutar para que a classe trabalhadora esteja devidamente organizada e seja a principal protagonista do progresso e da retomada do nosso país. Vamos juntos, companheiras e companheiros, esmagar o fascismo, superar o falido neoliberalismo, reconstruir e principalmente transformar o Brasil!
Pedro Lucas Fernandes, dirigente estadual da Juventude da Resistência Socialista RJ