Por Nicolas Manhães:
A Resistência Socialista chega ao PT no ano de 2018, após uma grande (re)movimentação da esquerda petista durante o Fórum Social Mundial realizado no estado da Bahia, com a grande tarefa de disputar as instâncias internas do partido, mas principalmente, a sua tática política e eleitoral.
Nesse sentido, a sua juventude, a JRS, tem uma tarefa ainda mais desafiadora. Rejuvenescer e popularizar o partido, aprofundar sua força institucional sem perder o foco ideológico, o método científico, a conexão militante com as ruas e a centralidade da tática.
No dia 07 de fevereiro de 2022, ao conduzir uma plenária nacional com as centenas de secretarias e coordenações municipais da JPT capitaneadas pela JRS por todo o Brasil, nossa tendência reafirma seu potencial de ser a força motriz da reformulação política e da renovação do Partido dos Trabalhadores ao delimitar seu método amparado pelo marxismo-leninismo e pela defesa do socialismo e delegar tarefas enormes, mas de extrema importância para a reconstrução e transformação do Brasil.
Entre essas tarefas, lutar contra o excesso de burocratização do partido, o envelhecimento das práticas, a estratégia conciliatória com setores do neoliberalismo e reforçar e reoxigenar as bases, os movimentos sociais e a organização da classe trabalhadora e das massas populares. Colocar como centro a formação ideológica dos nossos quadros, com métodos e objetivos claros, com um ciclo ativo de formação política, programado para começar em fevereiro e terminar em abril de 2022, com dois encontros por mês, reforçando a reflexão e a postura militante, carregando nossas bandeiras com espírito criador.
A política é ação, e por isso precisa de teoria formuladora e de prática combativa. O fortalecimento do Movimento Estudantil, com ação direta na União Nacional dos Estudantes e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas reforçadas nacionalmente pela organização do movimento Enfrente, o aprofundamento da comunicação com setores que muitas vezes escapam às nossas vozes, das campanhas nacionais de mobilização, como a Campanha Meu Primeiro Voto, dos Comitês Populares de Luta, já que não há governo de esquerda sem mobilização e organização popular.
Ao mesmo tempo, fortalecer o PT, nosso maior instrumento de luta, lutando contra a diluição do partido ao redor de forças que buscam surfar em nosso bom momento e na figura desbravadora de Lula, reforçando nossa importância, relevância e nosso íntimo contato com as massas.
Nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, o PT realiza a etapa nacional da Conferência Paulo Freire de Formação Política, e desse espaço sairá muitos dos temas norteadores da formação da JRS, atrelados ao marxismo-leninismo e os apontamentos do livro A Nova Postura, de autoria de Antônio PC Veríssimo, dirigente da JRS.
É com esse norte que buscamos organizar e delimitar a tática da Juventude da Resistência Socialista em todo o estado do RJ, uma juventude militante, formada ideologicamente, disposta ao debate e a luta política diária e que busque regionalizar cada vez mais o PT RJ, sendo a força diretora de nossa mobilização popular, principalmente através dos comitês populares e dos núcleos zonais.
Viva a Juventude da Resistência Socialista! Viva o Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras!
*Nicholas Manhães, Secretário da Juventude do PT de Campos dos Goytacazes.