Por Dema:
O saque ocorrido ontem em uma unidade da rede de supermercados Intercontinental deve nos servir de exemplo para uma reflexão. Nos tempos de governos do PT, as prioridades estabelecidas pelo Presidente Lula baseavam-se em dois eixo centrais: acabar com a fome e com a miséria no país.
Para isso, não bastava apenas dizer que seriam prioridades, era necessário, colocar em prática, era necessário conseguir as condições para a implantação, era necessário dialogar com o Congresso, com empresários, com a sociedade civil, com todos os setores produtivos e ter aliados que pudessem concretamente ajudar na implantação dessas duas prioridade.
Era necessário colocar o pobre no orçamento.
Assim foi feito e ao final, tínhamos o Fome Zero e o Bolsa Família, dois programas que atendiam direto as famílias mais carentes, desprotegidas e que precisavam serem enxergadas pelo Estado.
Não foi uma tarefa fácil pois era necessário fazer muitas contas, construír parcerias, mas nada que não pudesse ser feito, diante de tamanha desigualdade, e assim foi feito.
Em poucos anos via-se a olho nu os resultados, os programas Fome Zero e Bolsa Família tornaram-se referências mundial e logo foram adotados por países mundo à fora. O Brasil saiu da linha da pobreza e cresceu e foi além, gerou empregos, distribui renda, garantiu aumento real de salários e uma economia aquecida que foi capaz, de passar pela marolinha da quebradeira do mercado ado imobiliário americano sem sofrer grande arranhões. Muito mais teríamos dizer sobre este período da fartura mas podemos parar por aqui.
O que assistimos esta semana foi uma cena(e não podia ser diferente) que nos remete aos países pobríssimos do continente África do e da América Latina onde com frequência a população faminta saqueia Supermercados e casa de gêneros de primeira necessidade.
No Brasil da Miséria não existe planejamento e nem projeto para com ela acabar. No Brasil onde liberar verba para construir uma escola custa o equivalente a uma barra de ouro de 1kg.
No Brasil, onde 35 mil comprimidos de Viagra são comprados pelas Forças armadas; onde o Orçamento Secreto passou a ser regra; neste Brasil não existe espaço para se matar a fome, gerar empregos e pensar nos mais pobres e incluí-los no Orçamento.
Vivemos o Brasil da Miséria onde voltamos a nos depara com criança nos sinais de trânsito fazendo malabaris com três limões em suas mãos ou vendendo balas, mães com filho no colo pedem ajuda para comprar um leite, um pão, um feijão…Este é o país pós golpe, pós fakes News, pós mamadeira de piroca, pós dança da Arminda e do invisível kit gay.
Este foi o primeiro de uma série que certamente acontecerá pois quem tem fome tem pressa e não pode espera.
Não existe crime quando se tira comida de onde tem comida, para matar a fome e continuar vivo. Não condene o faminto por querer comer.
O país da miséria é aqui, Brasil 2022.
Que possamos sair desse esgoto e retornar ao país da FARTURA.
*Dema SORG PT CAPITAL-RJ e Dirigente da Resistência Socialista.