Como lidar com os interesses pessoais num projeto coletivo?

*Antonio Lopes Cordeiro (Toni):

Nascemos, crescemos e damos rumo à vida a partir das nossas crenças, experiências de vida e principalmente a partir da forma de pensar e agir, onde as convicções políticas têm um peso fundamental na formação do hoje e do que chamamos de amanhã.

Como bem me disse Paulo Freire em 89, a cobrança maior de quem se lança ao mundo como militante de uma causa, tem que ser feita pela própria pessoa, porém não se pode sufocar o mundo interior, pois não sobraria quase nada para investir na causa que elegemos como missão de vida e assim esse é o grande dilema. Não matar a chama que existe em nós, mas sobrar fôlego além dos problemas pessoais para seguir.

Está bem difícil fazer a boa política nos dias de hoje, onde convivemos com “estrelas” que se acham maiores que o céu e que são insubstituíveis, infinitos interesses pessoais e disputas de pequenos poderes minando a resistência de quem se mostra com interesse de construir a várias mãos ou quem vê e não quer mais brincar disso.

Como se constrói uma unidade? Com respeito, de forma programática, discutindo passo a passo, chamando para discussão para o que for possível e transparência visível plena para o que não der para construir juntos. Esse a meu ver, é o único caminho possível para que sobre alguma coisa para as próximas jornadas. O contrário é uma arrumação de um amontoado para o presente com data certa para uma separação sem amor.

A rigor, quem tem convicção política e sabe por que está na luta, não tem tempo e nem paciência para discutir projetos pessoais e muito menos disputas de ego que não se leva a nada. Sobra disso a solidariedade com quem nos afinamos e necessita, o respeito com quem construímos e a certeza de que continuaremos de mãos dadas rumo ao que sonhamos como projeto de sociedade.

Essa pequena reflexão, num mundo tão individual de uma sociedade em crise de identidade e de valores, me leva a perguntar, porque investir no Projeto Letícia Deputada Estadual 2022? Pergunta que muita gente continua a fazer…

A meu ver, Letícia representa os sonhos do passado, do presente e do futuro, juntando sua visão de mundo, sua disposição na luta e somando com pessoas que vieram em construção, com outras que se descobriram no projeto e com caminhos abertos para novas formas de pensar e agir, dentro do que se defende para uma nova sociedade.

Quais são os cuidados? Dividir o máximo de tarefas e construir juntos e juntas, principalmente para que não se sufoque a companheira, como se ela fosse, além de ser a pré-candidata, a única responsável pelos resultados do que se constrói.

De nada adianta apontar erros, sem antes discutir os porquês e apontar soluções ou novos formatos para o que se discute, sem que se perca do eixo principal.

Um projeto político coletivo se faz unindo forças, com uma visão solidária para quem o compõe e principalmente construindo sonhos juntos, sem sufocar seja quem for, principalmente ao se pensar que uma eleição é apenas uma etapa do que imaginamos de mundo, sonhos e todas as lutas que virão pela frente e não uma etapa final.

Que seja eterno e infinito enquanto dure, como dizia Vinicius, mas sem ilusão e com a teimosia de um inseto que busca o caminho no terremoto, como dizia Drummond.

Encontramo-nos nas lutas da vida e no processo de construção desse projeto que não se mede esforços, hora para se fazer ou distância que nos separe.

Seguimos Juntos e Juntas rumo à vitória.

*Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Social